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Pelos versos e incentivos à literatura amapaense

Hádrian Pereira

Arquivo pessoal

Caracterizado pelo grande volume de chuvas, o estado do Amapá possui uma área de cerca de 140 mil km², distribuídos em mais de 668 mil habitantes segundo o IBGE. Devido a esse volume, o clima do estado se classifica como superúmido e sua hidrografia é repleta de rios. Além da riqueza hidrográfica, o Amapá possui uma valiosa literatura contemporânea que já revelou grandes autores, como o escritor Paulo Tarso.

Um rio que anoitece,

um rio que amanhece e,

envolto em brumas,

deságua em boqueirões e

nos sumidouros do mar…

Passando pelo território amapaense, cuja capital é o Macapá, descobrimos através da literatura contemporânea o autor Paulo Tarso que está radicado no Amapá desde 1980. Com uma percepção de que escrever é um permanente e complexo exercício que se aprende ao longo da vida, o professor licenciado em Letras pela Universidade do Estado do Amapá (UNIFAP), Paulo Tarso é escritor, poeta, cordelista, editor e incentivador da produção literária no estado.

 

Atualmente, é funcionário público do grupo magistério da Secretaria de Estado da Educação do Amapá e sempre está à frente de projetos antológicos que destacam a literatura amapaense. Aos treze anos, descobriu o imenso prazer da leitura e das possibilidades de ampliar a imaginação: já fazia poemas e pequenas crônicas. Produzindo também contos, Paulo Tarso se identificou com a prosa e a ficção, pois acredita que é são meios que permitem criar personagens, histórias e, até mesmo, extrair da vida real alguns acontecimentos que podem ser transformados em literatura.

 

Com perfil contemporâneo nas suas produções literárias, o escritor acredita que a web é, sem dúvida, o grande canal de difusão da literatura. Contudo, essa junção pode prejudicar os leitores que tendem a encontrar textos pouco significativos. “São textos pouco trabalhados, sem um estilo literário e artístico que consiga impressionar os leitores mais exigentes. A web democratizou o acesso a informações, com certeza, mas é preciso ter muito critério na escolha do que merece ser levado em conta”, ressalta.

 

Conservar a atividade literária talvez seja o trabalho contínuo do escritor amapaense. Paulo Tarso acompanha o ritmo das mudanças tecnológicas, ou seja, das páginas impressas ao digital, mas acredita e persevera nas produções literárias com conteúdo e que valha a pena ler. “São bilhões de páginas circulando na rede e servindo como suporte para os autores. Alguns, que conseguem maior visibilidade, geralmente acabam sendo convidados a publicar por algum selo editorial. Basta acessar a lista de mais vendidos que logo vamos encontrar obras cujos autores nasceram na web” finaliza o autor Paulo Tarso.

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