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“A inspiração apenas vem”:

conheça a escritora Giselle Jacques

Letícia Ferreira

Arquivo pessoal

Rio Grande do Sul é o estado mais ao extremo do território brasileiro, fazendo fronteira com o estado de Santa Catarina e, ao sul, fronteira com o Uruguai. O estado tem, aproximadamente, 11,2 milhões de habitantes distribuídos em cerca de 282 mil km². E como em qualquer lugar, lá também nasce prodígios da literatura, como é o caso de Caio Fernando Abreu, Erico Veríssimo e os jornalistas Caco Barcellos e Giselle Jacques.“A inspiração apenas vem. Um dos meus livros veio em sonho, outro surgiu de uma pergunta existencialista. Não há um padrão, mas deve ter começo, meio e fim na minha mente para que eu comece a escrever uma nova história”, disse Giselle.

 

Quem é Giselle?A escritora, jornalista, fotógrafa e cineasta Giselle Jacques nasceu e cresceu em Porto Alegre. Desde a infância, se dedicava à leitura e aos 12 anos de idade já se arriscava a compor contos e narrativas mais longas. “Sempre gostei do universo dos livros, das histórias inventadas. Comecei a escrever muito cedo, ainda no início da adolescência”, conta. A escritora iniciou a graduação em Letras, mas cursou apenas o primeiro período e, depois, prestou vestibular para Jornalismo, no segundo semestre de 1993. “Daí em diante, a profissão de jornalista e a carreira como roteirista se encarregaram de me fazer escrever” conclui.

 

Desde 2010, a jornalista tem focado prioritariamente na literatura como mentora, editora e romancista.Talvez, um dos principais desafios da escritora porto-alegrense nem seja qual estilo seguir mas, sim, se adaptar ao mundo virtual e aos e-books. “Confesso que tenho grande apego pelo livro impresso. Mas vejo no mercado de e-books a vantagem da distribuição, da obra ganhando o mundo sem barreiras ou dificuldades. Acredito que um veículo não destrua o outro e que a literatura digital precisa ser vista com todas as vantagens que oferece a leitores e autores”, avalia.

 

“Como meio divulgador, a internet bate todos os recordes de audiência e alcança mais público do que todos os outros meios juntos. No que diz respeito aos meus livros físicos, toda a divulgação e vendas diretas foram feitas pela internet”, contou a escritora e cineasta. Apesar das grandes vantagens e facilidades do mundo da Web 2.0, a jornalista faz uma ressalva, em tom de alerta para jovens escritores. “Também acho que o e-book está sendo banalizado justamente pela falta de cuidado das publicações de novatos inexperientes. E isso é um estigma a se erradicar”.

 

 

Sobre suas obras“A Casa da Montanha”, de 2012, é um romance realista e trata da história de amor entre dois homens que se estende por três décadas. Para leitura completa, basta acessar aqui. “O Livro de Alexia”, de 2013, conta as aventuras de um quarteto amoroso agitado e inusitado. É um romance mais leve, inclusive, na linguagem utilizada nos diálogos dos personagens. “A Estrela da Manhã”, de 2015, é a primeira ficção fantástica. Narra a versão da autora do Antigo Testamento bíblico, abordando a criação, o paraíso, a guerra no céu e a queda de Lúcifer.

 

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