top of page

O cordelista potiguar

Tamara do Carmo

Giovani Sérgio

Banhado pelo oceano Atlântico e com um sol de, em média, 300 dias por ano, o estado do Rio Grande do Norte é um lugar ensolarado, mas que também tem vento, fauna e flora abundantes, com destaque para as dunas, uma imensidão de areia branca e lagos azuis paradisíacos. A população é de 3.442.175, de acordo com o mais recente censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e área de território nacional ocupada é de 52.811,047 km². Os potiguares, como são conhecidos os nascidos neste estado (e, também, os habitantes que lá construíram suas vidas) estão em um dos estados brasileiros com mais manifestações culturais.

 

A produção literária é grande no Rio Grande do Norte, os gêneros são mais variados possíveis e vão do romance ao patrimônio imaterial brasileiro, o cordel. Hailton Mangabeira, 42 anos, é um cordelista potiguar. Com 123 cordéis publicados, o cordelista da cidade de Macaíba e também professor escreve “quando algo acontece, ou alguém me conta algo ou, até mesmo, quando me pedem para escrever sobre algo” revela.“Cordel é o retrato da cultura nordestina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não podemos falar em cultura nordestina sem citar a literatura de cordel”, declama Hailton sobre o reflexo da literatura para o nordeste. O cordel se mistura com as paisagens da caatinga em meio à fauna e flora abundantes, ao vento que mostra a grande diversidade e exuberância do estado.Se isso tudo não bastasse, Hailton ainda tem como inspiração o educador Paulo Freire e sua mãe que o educou na tradicional cultura nordestina. “Íamos para a feira no sábado e ela sempre comprava um cordel para ler para nós; somos 11 filhos no total. E a cultura nordestina da feira, da cultura popular ainda é muito forte”.

 

Os poemas pendurados em cordões ganham o mundo com o auxilio da rede mundial de computadores. Sobre o que a internet proporciona ao escritor hoje, Hailton acredita que ela “é uma ferramenta incrível, e para nós que não somos ainda conhecidos no plano nacional, ajuda na divulgação”. O cordelista observa ainda que “vivemos num país em que a população não tem o hábito de ler” e avalia que “talvez isso seja um dos grandes gargalho para o poder público não valorizar os novos escritores”.

 

Mas, mesmo sem incentivos oficiais, a produção literária hoje conta com um meio que abre caminhos para o mundo e, para isso, bastam alguns cliques: a web. Hailton Mangabeira é outro escritor que tem, na internet, o veículo para levar suas histórias para além das fronteiras. Ele mantém um blog sobre a produção cultural e a literatura de cordel e, para conhecer, basta acessar aqui.

Divulgação

 

Divulgação

 

bottom of page